O Rio Grande do Sul está entre os estados brasileiros com registros da nova variante da Influenza A, a H3N2, a mesma que causou surtos de gripe em São Paulo e no Rio de Janeiro. Assim como o coronavírus, a vacinação é a principal prevenção para quadros graves da doença, apontou a chefe da Divisão Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde (SES), Tani Ranieri. Nesta quinta-feira, a SES confirmou ao menos 13 casos da doença em seis cidades. Pela distribuição, o cenário gaúcho não caracteriza surto.
“Nós estamos vivenciando um momento de retorno da circulação de uma série de vírus. A vacina deve ser uma cultura incorporada pela população. A vacina da Influenza é anual e é recomendado que seja renovada anualmente – até porque os vírus sofrem mutações a cada um ou dois anos”, ressaltou Tani. Nenhum estado atingiu a meta de 90% da cobertura vacinal de grupos prioritários da campanha da gripe. No Rio Grande do Sul, o indicador ficou em 79%.
Também pode ter contribuído para a maior circulação do vírus da gripe a flexibilização dos protocolos implementados em decorrência do coronavírus. “Esse ano e o ano passado que tivemos a questão de distanciamento e uso de máscara, e com a ampla incidência do Sars-Cov-2 no território, houve uma disputa ecológica entre os vírus de uma maneira geral. Então, o vírus Influenza teve uma menor expressão. Não conseguimos identificar a ocorrência de casos associados a esse vírus”, destacou.
São raros os casos de pessoas que não podem tomar a vacina da gripe. O imunizante está disponível nos postos de saúde, gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Não há período de intervalo entre a aplicação da vacina da gripe e a da Covid-19, podendo a pessoa tomar as duas simultaneamente.
“Eu recomendo que as pessoas façam as vacinas porque estarão protegidas contra este e outros vírus, e repetir a mesma dose quando recebermos a vacina em 2022”, frisou Tani Ranieri. No próximo ano, a campanha de vacinação contra a Influenza deve se iniciar em abril.