Instituições de educação infantil enfrentam surtos de Mão-Pé-Boca em Porto Alegre

Doença é comum entre crianças de até 5 anos, e causa sintomas leves

Transmissão ocorre através do contato direto entre as pessoas. Foto: Arquivo/Reprodução

Ao menos dois surtos de Mão-Pé-Boca estão sob monitoramento da Vigilância de Doenças Transmissíveis de Porto Alegre. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os casos foram registrados em instituição de educação infantil e envolvem 18 crianças. Um dos focos será encerrado nesta sexta-feira (17), enquanto o outro deve chegar ao fim na segunda.

O encerramento de um surto é decretado quando se passam 14 dias da última infecção. A doença apresenta pouca gravidade, mas é altamente contagiosa. A causa é um vírus do sistema digestivo, e os sintomas mais marcantes são as lesões em mãos, pés e boca. Os primeiros sinais costumam ser a dor de garganta e febre.

A infecção é mais comum em crianças de até cinco anos, embora também possa ocorrer em adultos. “Em dois ou três dias surgem pequenas feridas avermelhadas nas mãos, pés e boca. Também podem ocorrer mal-estar e perda do apetite”, explica a médica Rosa Teixeira, da prefeitura da Capital.

A transmissão ocorre através do contato direto entre as pessoas, contato com saliva, fezes e outras secreções, alimentos e objetos contaminados. As lesões de pele também transmitem a doença. Desde setembro, foram identificados 18 surtos em Porto Alegre, afetando 123 crianças.

Tratamento

Não existe tratamento específico ou vacina. Na maioria dos casos é uma doença branda e benigna, que desaparece espontaneamente após alguns dias sem causar complicações. Quando necessário, é recomendado uso de medicações para alivio dos sintomas como dor e febre. Surtos devem ser informados pelos locais onde houver suspeita da doença.

Recomendações

– Manter uma boa higiene pessoal e do ambiente, lavando as mãos com frequência, principalmente após ir ao banheiro e antes de manusear alimentos.
– Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas.
– Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos.
– Nas creches é preciso ter muito cuidado com a higiene das mãos após a troca de fraldas para que os profissionais não transmitam o vírus de uma criança para outra.
– Afastar o doente do trabalho e escola até o desaparecimento dos sintomas.
– Lavar com água e sabão e desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (uma colher de sopa de água sanitária diluída em quatro copos de água limpa) toda a superfície de objetos que possam entrar em contato com secreções e fezes dos doentes.
– Evitar, na medida do possível, o contato muito próximo com o paciente (como abraçar e beijar).
– Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir.
– Trocar e lavar diariamente as roupas comuns e roupas de cama de doentes.