Uma “ação forte” é “urgente” diante do rápido avanço da variante ômicron, e “a vacinação sozinha não vai ser suficiente”, alertou o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), nesta quarta-feira. “Não há tempo para cobrir os déficits de vacinação existentes”, declarou a diretora do (ECDC), Andrea Ammon, em um comunicado divulgado pela Agência France Presse (AFP).
O órgão europeu também elevou em um grau a avaliação de risco dessa variante, para um nível “muito alto”, e recomendou uma série de medidas, entre as quais o retorno ao trabalho remoto e uma maior cautela nas comemorações e viagens de fim de ano.
Segundo o ECDC, é “muito provável” que a nova variante cause internações e mortes, para além das já previstas nas projeções anteriores concentradas na delta, até então dominante. Para que a carga sobre o sistema de saúde continue sendo “administrável”, o ECDC reiterou o apelo à “reintrodução rápida e do fortalecimento” das chamadas medidas “não farmacêuticas” contra a Covid-19, um termo que engloba restrições em geral.
“É urgente que se adotem medidas enérgicas para reduzir a transmissão, reduzir a pesada carga sobre os sistemas de saúde e proteger os mais vulneráveis nos próximos meses”, acrescentou o ECDC, que abrange todos os 27 países da UE, Noruega e Islândia.
A variante ômicron se propaga “a uma taxa jamais vista com qualquer outra variante”, advertiu ontem a Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante desse quadro, a agência pediu que se usem todas as ferramentas anticovid disponíveis para evitar que os sistemas de saúde entrem em colapso.
Para o ECDC, usar máscaras, teletrabalho, evitar locais lotados e transporte público, ficar em casa quando doente, manter espaços arejados e um alto nível de higiene seguem sendo prioridade. Para os casos prováveis, ou confirmados, de ômicron, o rastreamento dos contatos também deve ser uma prioridade. Do mesmo modo, os testes também permanecem como “uma ferramenta importante”, mesmo quando as pessoas já estiverem vacinadas, assim como o isolamento de todos os casos positivos para Covid-19.