O mercado de voos para o Brasil fechou novembro com o mesmo nível pré-pandemia. A informação é da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo) ao confirmar que a demanda por voos ficou em 91% em relação a 2019, e 40% acima do mês de novembro de 2020. A entidade, entretanto, projeta a recuperação do mercado plena apenas para 2023.
A Iata aponta que as principais dificuldades nos voos domésticos estão ligadas ao preço dos combustíveis de aviação – quase 100% mais caro que em 2020 –, a desvalorização do Real frente ao dólar – quase 70% dos custos são precificados na moeda norte-americana – e a alta judicialização da atividade no Brasil.
A associação aponta o Brasil como recordista mundial em ações judiciais contra companhias aéreas. Em 2019, as companhias aéreas nacionais sofreram 154 mil processos, um número 141% acima de 2018, e entre os principais motivos estão bagagens, atrasos e cancelamento de voos.
A expectativa é pelo potencial de mercado no Brasil pois, com 100 milhões de passageiros, o índice é de 0,5 viagens per capita. Nos Canadá e nos Estados Unidos, por exemplo, esse indicador varia entre 2,5 e 3 viagens per capita.