A agência de classificação de risco Fitch Ratings reafirmou a nota de crédito soberano do Brasil em moeda estrangeira em “BB-“, com perspectiva negativa, refletindo os riscos negativos da economia, das finanças públicas e da trajetória da dívida. Dessa forma, o Brasil segue três degraus abaixo do mínimo para ser considerado grau de investimento (“BBB-“), atrás de nações emergentes como México (“BBB-“), Chile (“A-“), Colômbia (“BB+”) e Índia (“BBB-“) e no mesmo patamar que África do Sul.
Conforme a agência, “incertezas fiscais, elevada inflação e volatilidade do real vão pesar sobre a economia em 2022 e aumentar o risco de uma recessão total, enquanto os custos de empréstimos soberanos mais altos, juntamente com um déficit primário mais elevado, levarão a uma deterioração renovada das finanças públicas em 2022.
Riscos de baixa poderiam ser exacerbados por uma corrida eleitoral potencialmente polarizadora em 2022”, disse a Fitch em comunicado. A Fitch projeta nova deterioração fiscal para 2022, com déficit nominal de quase 8% do Produto Interno Bruto (PIB), após queda estimada para 5,1% em 2021 e disparada de 14% em 2020.
A mediana para países com nota de crédito na faixa “BB”, caso do Brasil, é de 4%. Assim como Fitch, S&P (“BB-“) e Moody’s (“Ba2”) também colocam o Brasil na categoria de “grau especulativo”.