Saúde não sabe quantos dados foram perdidos com invasão

Segundo o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, ainda é cedo para avaliar quantas informações podem ter se perdido

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Após o ataque de hackers, ocorrido madrugada desta sexta-feira ao site do Ministério da Saúde, a pasta disse ainda não ter dimensão de quantos dados foram perdidos com a invasão.

Em entrevista à imprensa, nesta sexta, o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, disse que é muito cedo para afirmar categoricamente quantos documentos e informações podem ter se perdido.

Segundo ele, o Ministério da Saúde conta com um sistema de backup para armazenar em nuvem os dados do site, mas o secretário não confirmou se a ferramenta conseguiu preservar todo o conteúdo da página.

“A gente está finalizando as investigações. Tanto nós quanto a empresa contratada, que hospeda os dados, temos política de backup. Ao importar esses dados algum deles pode se corromper”, observou Cruz.

Ele disse que a pasta “está trabalhando intensamente para restabelecer da forma mais rápida possível” para restabelecer as informações sobre o comprovante de vacinação, mas não deu um prazo de quando a página deve voltar ao ar.

“É muito cedo para dar uma estimativa de prazo. Não temos, ainda, informações precisas, mas assim que tivermos uma posição da equipe de tecnologia, informaremos a todos.”

De acordo com a Saúde, o incidente comprometeu temporariamente alguns sistemas como o e-SUS Notifica, o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), o ConecteSUS e funcionalidades como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital, que seguem indisponíveis até o momento.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Federal foram acionados pela pasta para apoiarem nas investigações. Segundo o ministério, o Datasus (Departamento de Informática do SUS) está atuando com a máxima agilidade para que as plataformas voltem a operar.

Queiroga cobra punição
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, considerou o ataque “uma atitude criminosa” e cobrou punição aos invasores.

“Nós já levamos ao conhecimento da Polícia Federal, que já instaurou um inquérito. Boa parte do conteúdo já foi recuperado, falta só restabelecer os dados da vacinação. Vamos trabalhar fortemente para poder recuperar o mais rápido possível esses dados e punir os responsáveis.”