Questionado se o bloqueio temporário havia sido feito por conta do não pagamento de comandas da festa, o réu disse que não sabia. De acordo com Bonilha, não houve indicações por parte de funcionários da casa para que as pessoas evacuassem da boate assim que o incêndio teve início. O estabelecimento, segundo ele, estava bastante lotado no dia da tragédia. “Os jovens não conseguiam ficar com as garrafas nas mesas. Tinham que ficar com elas nas mãos. Era muito apertado”, disse.
Bonilha descreveu ter participado de cerca de 14 shows da Gurizada Fandangueira. Destes, nove teriam sido com artefatos pirotécnicos, sendo ao menos dois na boate Kiss. Ele indicou que era do conhecimento da casa que o grupo musical utilizava os artifícios em suas apresentações. “Eu acredito que o Danilo (integrante da banda que morreu no incêndio) não iria me colocar na situação em que eu estou hoje, preso, sem avisar”, refere-se ele a uma conversa que afirmou ter com o réu Elissandro Spohr.