O promotor de Justiça Ricardo Lozza relatou, nesta quarta-feira, que a cidade de Santa Maria nunca mais voltou a ser mesma após a tragédia da boate Kiss. Última testemunha a depor no julgamento, ele contou sobre o clima no município.
“Santa Maria parou. Foi uma coisa inimaginável. O que esses pais passaram. Não existe nada parecido”, disse. “Eu não sou vítima de nada. Eu tenho que ser cobrado pela minha atuação. Eu tenho consciência disso. Mas tu ver as pessoas colocarem a tua honestidade em discussão é muito difícil”, completou.
Ao longo do depoimento, Lozza explicou a função de um inquérito civil e que, neste, que acabou resultando em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), havia um objeto específico: a poluição sonora provocada pela boate Kiss. “O objeto é uma limitação ao investigador e uma garantia ao investigado”, esclarece.
Questionado sobre os inquéritos civis relativos à Kiss, Lozza disse que os dois únicos processos que envolviam o nome da casa noturna diziam respeito à poluição sonora e à falta de fiscalização, pela prefeitura, em bares e lancherias da região.