O publicitário Fernando Bergoli, testemunha de defesa de Mauro Hoffmann, prestou depoimento, na tarde desta quarta-feira, no oitavo dia de julgamento da boate Kiss. Ele era gestor comercial da Rádio Atlântida, na época da tragédia de Santa Maria, e as casas noturnas faziam propagandas das festas na emissora. Bergoli teve contato com Elissandro Spohr, o Kiko, um dos réus do processo, para tratar das divulgações da Kiss.
“Conheci o Elissandro em função da Kiss, quando assumi a gestão comercial da Rádio. Ele estava no hall de clientes da emissora e minha função era estabelecer relacionamento com o cliente”, contou. “A gente tratou muito pouco com a Kiss. Nossa conversa foi muito restrita”, completou.
O publicitário ainda relembrou que também tratava da divulgação da Absinto, outra casa noturna de Santa Maria, com Mauro Hoffmann, e que o empresário pedia para sempre lidar com o Kiko quando o assunto era a Kiss. “Tratávamos como dois anunciantes diferentes”, disse.
Segundo Bergoli, na única vez que frequentou a Kiss como cliente, se sentiu confortável no lugar. “Eu não tenho esse olho clínico, mas estava confortável. Não fiquei muito tempo em casa. Acredito que no máximo fiquei duas horas”, disse. Questionado se tinha presenciado algum artefato pirotécnico na Kiss quando esteve lá, Bergoli disse que não viu nenhum tipo de pirotecnia.