As atenções do mercado financeiro se voltam para o final da tarde desta quarta-feira. É quando o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central vai anunciar o esperado aumento da taxa Selic que vai vigorar até a primeira reunião de 2022, essa em janeiro. O resultado não deve ser muito diferente da esperada Selic para 9,25% ao ano.
A dúvida, no entanto, é sobre como ficam o ritmo e dose do remédio “aperto monetário” em 2022. As apostas para a taxa em dezembro do ano que vem variam de 10,25% a 12,25% ao ano, conforme analistas, e as estimativas apontadas pelo Relatório Focus.
O principal motivo é a inflação mais duradoura do que se esperava, o aumento do risco fiscal no Brasil, que tem ditado o tom do mercado financeiro nos últimos meses, e a variante ômicron da covid, que adicionou novas incertezas.
Quanto maior a inflação, maior a necessidade de aumento na taxa básica de juros. A dificuldade do Banco Central será dosar o remédio que controla a inflação sem ‘matar’ a economia. É que o mesmo juro alto que ajuda a controlar os preços, também reduz o consumo, dificulta o acesso à crédito e desacelera a já combalida economia.