O engenheiro civil, Thiago Mutti, de 46 anos – arrolado pela defesa de Mauro Hoffmann – foi de testemunha para informante neste domingo, no julgamento do Caso Kiss. A alteração ocorreu após o Ministério Público apontar outros dois processos que, conforme o órgão, o profissional possui envolvendo fraude e falsidade ideológica. Mutti trabalhou nas obras da boate, participando das reformas da casa em 2009.
“É apontado que ele colocou laranja como titular no contrato da boate Kiss, mas ele de fato era proprietário. E ele tá respondendo criminalmente por isso. Entendo que ele não pode ser ouvido com compromisso”, argumentou a promotora de acusação Lúcia Callegari.
O juiz Orlando Faccini Neto deu direito de resposta ao engenheiro, que justificou o andamento dos processos. “Em 2009, minha irmã era ouvida como sócia-proprietária. Eu fui um engenheiro que acompanhei as reformas, e o meu pai, Santiago, trabalhou durante o dia lá em 2009, representando minha irmã com procuração dela. Com isso, nós fomos chamados pela Polícia Civil pra prestar vários esclarecimentos depois do incêndio e acabamos sendo indiciados. Tamo respondendo dois processos”, alegou. De acordo com Mutti, uma das denúncias ele já foi absolvido e a outra ainda prossegue na Justiça.
Após ouvir as argumentações, o juiz decidiu ouvir o engenheiro na posição de informante, agora sem o compromisso legal de uma testemunha.