O Brasil lidera com folga o ranking de países com maior número de registro de ataques hackers que usam o tema “Covid-19” como isca para espalhar arquivos maliciosos, como vírus, malwares e trojans. De acordo com o relatório global Fast Facts, divulgado pela empresa de cibersegurança Trend Micro, em setembro o país respondeu por 69,3% dos registros desse tipo, muito à frente da África do Sul, que teve 14,5% das ocorrências.
Em agosto, a margem foi ainda maior, de 81,1% para o Brasil e apenas 8,7% para a África do Sul. O país também foi o primeiro colocado em julho, com 63,9% dos ataques, contra 13,5% da Índia.
O levantamento analisa o cenário mundial de ameaças digitais e mostra também que até setembro deste ano, o número de ataques em todo o mundo já se equivale ao registrado em todo o ano de 2020.
Os números fazem parte de um relatório global divulgado. A pesquisa Fast Facts, que analisa o cenário mundial de ameaças digitais, mostra também que nos sete primeiros meses deste ano, o número de ataques em todo o mundo já se equivale ao registrado em todo o ano de 2020.
Segundo o estudo, somente em setembro foram detectadas cerca de 700 mil ameaças com temas ligados à pandemia, a grande maioria distribuídas por e-mails. Os especialistas afirmam que, após uma queda entre maio e junho, os números de ameaças vêm subindo novamente, mês a mês.
Os ataques cibernéticos tiveram um aumento significativo desde 2018 (48,4 bilhões de ocorrências), com um salto de 2019 (54,2 bilhões) para 2020 (66,5 bilhões). A tendência é que 2021 feche com uma nova disparada em relação ao ano passado, porque somente de janeiro a setembro deste ano foram registrados 66,3 bilhões de ataques.
Somente em setembro, a Trend Micro afirma ter bloqueado quase 8,15 bilhões de ameaças cibernéticas. Também chamou a atenção dos pesquisadores o aumento do uso de golpes que utilizam arquivos como isca. Até setembro, foram 11,6 bilhões de ocorrências, mais do que o triplo do total registrado em 2020, de 3,7 bilhões.