Ainda não vai ser neste ano que o Brasil vai surpreender o mundo, como prometeu o ministro da Economia, Paulo Guedes. De acordo com levantamento da Austin Rating, com projeções do PIB (Produto Interno Bruto) de 2021, o país cairá para o 13º lugar no ranking das maiores potências econômicas, uma colocação abaixo de 2020, ano em que perdemos três posições em relação a 2019.
A Austin levou em conta estimativas do Banco Central para chegar à riqueza acumulada do Brasil e do FMI (Fundo Monetário Internacional), para encontrar os números dos outros países. De acordo com as projeções, o Brasil termina este ano com US$ 1,595 trilhão produzidos entre bens e serviços, pouco acima dos US$ 1,445 trilhão de 2020, mas abaixo dos US$ 1,878 trilhão de 2019, antes da pandemia de Covid-19.
A agência também projetou o ano de 2022, quando o país deve voltar à 12ª colocação, superando o adversário da vez, a Autrália (que nos ultrapassou em 2021), com US$ 1,694 trilhão produzidos. O maior volume, em trilhão de dólares, ocorreu em 2011, segundo ano do mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), com US$ 2,604.
Seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se por um lado amarga o pior resultado da série histórica no ranking feito com dados de 1994 em diante, com o 14º lugar em 2003, ano de sua estreia na Presidência, foi em sua gestão que o país repetiu o feito de 1995 e alcançou a 7ª colocação, em 2010, posição mantida até 2014.
Brasil já foi maior que a China
Levando em consideração os dados da Austin, os Estados Unidos são a maior economia do mundo desde o começo da contagem. De 1994 a 2006, o pódio era composto sempre pelos norte-americanos na frente, Japão em segundo lugar e Alemanha em terceiro. Em 2007, a China superou a Alemanha. Em 2010, tornou-se segunda colocada, deixando o Japão para trás.
A China, segunda maior potência do mundo e que deve produzir US$ 17,8 trilhões em 2021 (a estimativa para os EUA é de US$ 24,3 trilhões), chegou a ficar atrás do Brasil em um dos anos do levantamento.
Isso ocorreu em 1995, no início do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando o Brasil ocupou o 7º lugar entre as maiores economias (PIB de US$ 771 milhões). A China era a oitava, com US$ 731 bi.