O ex-advogado-geral da União e ex-ministro da Justiça, André Mendonça, toma posse como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) em 16 de dezembro, quinta-feira, um dia antes do encerramento do ano judiciário. A data ficou definida em reunião entre Mendonça e o presidente do Supremo, Luiz Fux, no início da tarde desta quinta-feira.
Mais cedo, Mendonça esteve no Palácio do Planalto para se encontrar com o presidente da República, que não conseguiu receber o futuro ministro. Jair Bolsonaro viajou para o Rio de Janeiro, onde participou de uma solenidade de formatura do curso de graduação de militares da Escola de Sargentos de Logística.
Aos jornalistas do Planalto, Mendonça disse que ficou satisfeito com o resultado da sabatina e que recebeu uma ligação do presidente da República ainda na noite de ontem.
O plenário do Senado aprovou a indicação de André Mendonça para o STF, na noite desta quarta-feira. Ele teve os votos favoráveis de 47 senadores – eram necessários 41 para a indicação ser aprovada. Outros 32 votaram contra.
Mendonça havia sido escolhido em julho pelo presidente Bolsonaro para ocupar a cadeira deixada por Marco Aurélio Mello, que se aposentou após 32 anos como ministro.
Durante a sabatina, Mendonça, que é pastor evangélico, garantiu compromisso com o Estado laico e a liberdade de religião. Ele ainda ressaltou que, em primeiro lugar, compromete-se com a democracia e a defesa do Estado democrático de direito.
“Terrivelmente evangélico”
No Rio de Janeiro, Bolsonaro disse, no fim da manhã, que conseguiu enviar ao STF um “homem terrivelmente evangélico”. “Hoje, para mim, para todos nós, para os cristãos, é um dia bastante feliz. Conseguimos enviar para o Supremo Tribunal Federal um homem terrivelmente evangélico. Um compromisso nosso de mandar para a Suprema Corte uma pessoa que tem Deus no coração”, afirmou Bolsonaro.
Após a divulgação do resultado, nessa quarta, muitos parlamentares e pastores evangélicos foram ao gabinete para parabenizar Mendonça e fazer orações. A primeira-dama Michelle Bolsonaro e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, também foram ao Senado para falar com o futuro ministro.