A Polícia Federal regularizou a permanência no Brasil de 841 estrangeiros que, durante um mutirão realizado em Porto Alegre, receberam a Carteira de Registro Nacional Migratório. O documento permite que exerçam o trabalho de maneira formal e tenham acesso a benefícios sociais, saúde e educação.
O superintendente regional da Polícia Federal, Aldronei Rodrigues, reforça que o objetivo da ação vai além da prestação do serviço público. “O mutirão é uma tentativa de resgate da cidadania de pessoas que migraram para o Brasil por absoluta necessidade. Nós estamos acolhendo aqui como nação amiga e fazendo a nossa parte, nos unindo para atender essas pessoas.”.
A chefe da Divisão de Registro Migratório da Polícia Federal, Indira Lima Croshere, esteve em Porto Alegre para conhecer o projeto de mutirão, realizado de 22 a 26 de novembro e de 29 de novembro até esta quinta-feira. A expectativa inicial era atender 900 pessoas.
A iniciativa contou com o apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), responsável pela estrutura de atendimento alocada no saguão do Salão de Atos, e da Prefeitura de Porto Alegre, com a presença do Sine Municipal e da Secretaria de Saúde.
Instituições de acolhimento aos imigrantes também apoiaram a ação. O Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul (Sinpef-RS) distribuiu 800 lanches aos imigrantes atendidos no mutirão.
O Rio Grande do Sul soma cerca de 90 mil imigrantes registrados na Polícia Federal. Nos últimos três anos, o fluxo de chegada envolveu, sobretudo, haitianos (30%), uruguaios (25%) e venezuelanos (19%). Em 2021, foram emitidas pela Polícia Federal no Rio Grande do Sul mais de 17 mil carteiras de identificação a imigrantes.
