O Ministério da Saúde confirmou, nesta quinta-feira, cinco casos positivos para Covid-19 com a variante africana ômicron. Três deles foram identificados em São Paulo e dois no Distrito Federal. Todos os passageiros vieram de voos do continente africano e passaram pelo teste, tendo o resultado confirmado no Brasil. Agora, a pasta reforça a vigilância genômica, responsável pelos sequenciamentos capazes de identificar variantes.
Uma sala situacional para monitorar os casos da ômicron passou a funcionar na sede do ministério para acelerar o registro de novos casos, conseguir realizar a contenção e rastreio a tempo para que a infecção por essa nova variante não se alastre pelo país.
Enquanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a suspensão de voos de seis países da África, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, frisou que essa é uma “ação que existe postura interministerial do governo”. Cabe à Saúde, juntamente aos ministérios da Justiça e da Infraestrutura, coordenador pela Casa Civil, deliberar sobre o tema.
O ministro amenizou a necessidade de suspender os voos, defendendo que as autoridades africanas “foram eficientes em detectar a nova variante”, e que, agora, os cidadãos sofrem uma série de restrições, causando fortes impactos na economia. “Há necessidade que haja ponderação, equilíbrio e tranquilidade para que as posições sejam apropriadas”, disse.
Para Queiroga, a saída está no incentivo à vacinação para evitar casos graves e mortes, além das testagens. “A estratégia de testagem é muito importante como medida prévia, assim que chega ao país. É necessária a análise não só do aspecto sanitário, mas tridimensional para que tomemos as decisões mais corretas”, destacou.