Especialistas apontam o futuro político de Eduardo Leite

Com a derrota nas prévias, governador deverá participar de outras articulações

Foto: Valter Campanato / ABr

Com o resultado das prévias e a derrota do governador Eduardo Leite, especialistas analisaram quais serão os principais desdobramentos no cenário estadual e do futuro político.

O que dizem os especialistas:

“Com o resultado das prévias, o governador tem sua força um pouco diminuída, deixa de ser um ator nacional mais atuante no curto prazo. Mas continua sendo governador, ou seja, é um eleitor importante. Logo ali, saberemos se terá alguma participação na candidatura do Doria, ou se abrirá uma dissidência. E, quanto ao próprio projeto, nunca fechou completamente a porta para uma candidatura ao Senado, por exemplo.” Cleber Benvegnú, consultor político.

“Se olharmos para o que diz o eleitor, o governador vai à reeleição. Quando a gente vai para a rua, nas perguntas espontâneas, ele está à frente, tem um dos melhores indicadores dos últimos anos. A ideia de que ele não disputará a reeleição não está na cabeça do eleitor hoje. Na hipótese de não ir, virá com força para alavancar um sucessor.” Elis Radmann, cientista social e política.

“O governador vai olhar muito para o RS, onde precisará fazer um sucessor. Até aqui, o discurso tem sido o de um sucessor de um projeto, que pode ou não estar em seu próprio partido. E todas as articulações vão se desenrolar em um cenário que estará muito focado na questão econômica.” José Fuscaldo, especialista em análise política.

“Após Doria vencer as prévias do PSDB, abre-se uma incógnita sobre o futuro do governador Eduardo Leite e a possibilidade de ele disputar ou não a reeleição, apesar de sempre ter negado esta alternativa. Antes de Leite, Antônio Britto, Germano Rigotto e José Ivo Sartori também negavam que concorreriam à reeleição, e disputaram novo mandato.” Juliano Corbellini, cientista político e consultor.

“O Senado é uma saída para o governador. Posso até estar equivocado, mas, se ele disputar a reeleição, perde capital político, porque acaba com o próprio discurso. Vice provavelmente também não vai ser. Aqui, jogará em uma eleição que hoje está totalmente aberta. E na qual quem conseguir reunir alguns partidos e possuir uma boa bandeira terá grandes chances.” Marcos Martinelli, especialista em marketing político.