Austrália e vários outros países se juntaram a nações que impuseram restrições a viagens partindo do sul da África neste sábado, depois que a descoberta da nova variante ômicron do coronavírus gerou preocupação global e desencadeou uma onda de vendas de ativos nos mercados financeiros, nessa sexta.
Mas indicando que essas restrições podem não conter a disseminação da variante, o Reino Unido informou neste sábado que detectou dois casos e autoridades na Alemanha e na República Tcheca também afirmaram ter suspeitas da cepa. Em nota, o governo britânico informou que os pacientes retornaram de viagem ao sul do continente africano.
A ômicron, classificada como “variante de preocupação” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é potencialmente mais contagiosa que as anteriores, embora especialistas ainda não saibam se ela causa uma doença mais ou menos grave em comparação com outras cepas de coronavírus.
A variante surgiu pela primeira vez na África do Sul e, desde então, também teve casos confirmados na Bélgica, Botswana, Israel e Hong Kong.
O secretário de Saúde e Assistência Social do Reino Unido, Sajid Javid, ressaltou que as fronteiras aéreas serão fechadas a viajantes de mais quatro países do sul da África a partir deste domingo: Maláui, Moçambique, Zâmbia e Angola. Já faziam parte da lista África do Sul, Botsuana, Lesoto, Essuatíni, Zimbábue e Namíbia.
Já as autoridades holandesas disseram que 61 das cerca de 600 pessoas que chegaram a Amsterdã em dois voos da África do Sul na sexta-feira testaram positivo para o coronavírus. As autoridades de saúde fazem mais testes para ver se esses casos envolvem a nova variante. Nos Estados Unidos, a cidade de Nova Iorque voltou a decretar estado de emergência, embora o país ainda não tenha confirmado casos de ômicron.
Pode levar semanas para os cientistas entenderem completamente as mutações da variante e se as vacinas e os tratamentos existentes são eficazes contra ela. A ômicron é a quinta variante de preocupação designada pela OMS.