O Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil vai aprofundar a apuração sobre o armamento e material tático que foi apreendido em uma operação desencadeada ainda na sexta-feira em Canoas.
“Provavelmente era utilizado em execuções de rivais ou em roubos”, afirmou o diretor do Denarc, delegado Vladimir Urach, na manhã deste sábado à reportagem do Correio do Povo. Segundo ele, os criminosos fingem ser policiais e simulam operações com uniformes e equipamentos normalmente empregados por forças policiais, visando sobretudo atacar os grupos inimigos ou cometer assaltos com falsas blitzes.
A investigação da equipe do delegado Alencar Carraro começou com informações recebidas sobre uma residência alugada por uma facção no bairro Igara. Os agentes apuraram que a moradia estava sendo utilizada pelos integrantes da organização criminosa, originada no bairro Bom Jesus, em Porto Alegre.
Na tarde de sexta-feira, dois suspeitos foram então abordados no local pelos agentes do Denarc. Um Volkswagen Voyage e um Chevrolet Kadett foram recolhidos.
Após revista minuciosa na casa, os policiais civis apreenderam três espingardas semiautomáticas calibres 12, um total de 270 placas de coletes balísticos, cinco pacotes de acessórios para carregadores, dois pares de algemas, dois porta carregadores, três mochilas camelback, uma bolsa tática, quatro capacetes, sete coldres de perna, toucas ninjas, quatro coturnos, quatro pares de luvas táticas e quatro joelheiras.
Um cinto tático da Brigada Militar, nove patchs da Polícia Civil, 11 símbolos da Polícia Civil, quatro gandolas camufladas, cinco calças camufladas, sete carregadores para pistola calibre 9 milímetros (sendo que um do tipo caracol), um carregador para fuzil calibre 556, uma coronha stock, dois telefones celulares e um malote bancário vazio também estavam na residência.
Os dois presos, de 20 e 23 anos de idade, possuem antecedentes criminais. Um deles encontrava-se inclusive foragido.