PGR envia ao Supremo relatório da CPI e pede providências

Entidade quer abertura de investigação contra os acusados e envio de trechos do relatório para a Justiça comum

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/R7

A Procuradoria Geral da República enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório da CPI da Covid-19. O documento enviado aos gabinetes dos magistrados da Corte pede abertura de investigação e aponta crimes de autoridades e de pessoas comuns. Entre os citados, o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o da Defesa, Braga Netto.

A PGR pede ainda que trechos do relatório apontando crimes de pessoas sem foro privilegiado sejam enviados à Justiça Comum. De acordo com informações obtidas pelo R7, o documento já chegou aos gabinetes do Supremo. As ações ficarão sob relatoria das ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber e dos ministros Luís Roberto Barroso, Nunes Marques, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

A CPI aponta 80 nomes, conforme a investigação dos senadores, envolvidos diretamente com o agravamento e omissões da crise sanitária que atingiu o país com a chegada do novo coronavírus. Entre os indiciados, representantes da Precisa Medicamentos, do plano de saúde da Prevent Sênior e de deputados federais, como Eduardo Bolsonaro, Osmar Terra, Bia Kicis, Carla Zambelli e Carlos Jordy.

A partir de agora, os ministros podem autorizar diligências solicitadas pela PGR, além de outras ações para aprofundar as investigações. A tendência é de que depoimentos, documentos e oitivas da CPI sejam aproveitadas para que os acusados sejam imputados criminalmente.