Em meio à circulação de nova variante, Fiocruz reforça alerta sobre controle sanitário no país

Recomendação é controle sanitário de viajantes de cinco países

Foto: Guilherme Almeida / CP

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reafirmaram, nesta sexta-feira, a importância dos cuidados com a nova onda de transmissão da Covid-19 na Europa. Nesta sexta-feira, a Anvisa recomendou ao governo federal a suspensão no ingresso de viajantes procedentes da África do Sul e outros cinco países – onde há registro da variante Ômicron.

“O alerta é importante para a América do Sul, que vive um momento de baixa transmissão. O recomendado seria manter bom controle sanitário dos viajantes e prever a restrição de entradas, seja pela exigência de passaporte de vacinação, seja de testes negativos, conforme o que já vem sendo feito por vários outros países”, salienta a edição do Boletim do Observatório Covid-19, divulgado pela Fiocruz.

As últimas duas semanas epidemiológicas (SE) pesquisadas pelo boletim, no período de 7 a 20 deste mês, confirmaram que os indicadores de transmissão da Covid-19 se mantêm em queda no país. A média diária notificada ao longo da SE 45 e da 46 ficou em 9,8 mil casos confirmados e 230 óbitos por Covid-19.

Apesar da queda, os pesquisadores advertem para a necessidade de cuidados nas festas de fim de ano. “É quando pode haver decisões relevantes quanto à flexibilização de algumas medidas que, equivocadamente, poderiam estar apoiadas em dados de notificação com atrasos ou sujeitos a represamento e/ou não disponibilizados de modo oportuno”, dizem os pesquisadores no boletim.

No mesmo período pesquisado, o documento registra “ligeiro aumento” no número dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que subiu de 2,7 por 100 mil habitantes para 2,8 casos por 100 mil.

As internações de adultos em leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) por Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) seguem em níveis baixos em quase todo o país. A exceção é o Pará, que se juntou a Rondônia e passou à zona de alerta intermediário. Entre as capitais, as maiores taxas podem ser observadas em Porto Velho (87%), Fortaleza (94%) e Brasília (84%).