A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, nesta quinta-feira, que a cantora Marília Mendonça e a equipe do avião que se acidentou no interior de Minas Gerais morreram vítimas de politraumatismo contuso, provocado pelo choque da aeronave ao solo. Os investigadores seguem trabalhando para identificar o que provocou a queda do bimotor King Air C90, em 5 de novembro, na cidade de Piedade de Caratinga, a 243 km de Belo Horizonte.
Thales Bittencourt, médico-legista chefe do Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte, explica que os exames realizados com material biológico das vítimas descartaram a possibilidade de piloto ou copilito terem passado mal durante o voo. “As análises de teor alcoólico e toxicológico também não evidenciaram o consumo de substâncias ou intoxicações que pudessem contribuir com a morte”, acrescentou o especialista, sobre os laudos referentes aos cinco ocupantes da aeronave.
De acordo com Bittencourt, os peritos também não identificaram indícios de que a tripulação tenha morrido ainda no ar, em função da desaceleração causada pela perda do motor que atingiu o cabo de alta-tensão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
O legista detalha que foram encontradas diversas lesões graves em partes vitais dos corpos das vítimas, caracterizando o politraumatismo contuso. Um membro da perícia já havia adiantado o possível laudo ao portal R7. Segundo Thales Bittencourt, as áreas mais afetadas eram crânio, tórax e abdome da vítimas.
O voo
O avião, com destino a Caratinga (MG), caiu na zona rural de Piedade de Caratinga, a aproximadamente 300 quilômetros de Belo Horizonte. Além da sertaneja, morreram o piloto Geraldo Martins de Medeiros, o copiloto Tarciso Pessoa Viana, o tio e assessor de Marília, Abicieli Silveira Dias Filho, e Henrique Ribeiro, produtor da artista.