O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta quinta-feira que a Marinha e a Polícia Federal farão uma ação no rio Madeira, no Amazonas, contra os garimpeiros que invadiram a região para fazer exploração ilegal de ouro. Há pelo menos 15 dias, dezenas de embarcações foram encaminhadas ao local.
Mourão explicou que cabe à Marinha verificar a questão legal e que as embarcações ilegais serão apreendidas pelas equipes. “Ocorre todos os anos. Normalmente, eles ficam mais juntos em Humaitá [município do Amazonas]. Este ano deve ter aparecido ouro lá para cima ali, mais para perto de Autazes, e eles concentraram lá”.
Apesar das dezenas de embarcações no local, o vice-presidente disse que a informação divulgada pela imprensa de que há 600 balsas ancoradas na região não procede. Essa quantidade é bem menor, segundo Mourão.
Em nota, o Instituto de Proteção do Amazonas (Ipaam) confirmou que não foram emitidas licenças para atividades de exploração mineral na área. Para Mourão, a degradação ambiental preocupa as autoridades e gera outros riscos, como o aumento da criminalidade e até surtos de doenças que podem afetar as comunidades que vivem à beira do rio.
Tráfico de drogas
Durante conversa com jornalistas, o vice-presidente ainda levantou a possibilidade de que parte das embarcações possam estar associadas ao tráfico de drogas.
“Nós recebemos vários informes de que o narcotráfico age aqui no centro-sul do país, na ordem de proteger as suas rotas, e agora subiram pra lá. Essa é uma das formas de se manterem. Até por que esse ouro é extraído ilegalmente, um ativo que eles podem trocar aí por drogas”, disse.