Os vereadores de Cachoeirinha aprovaram, nessa terça-feira (23), o início do processo de impeachment do prefeito da cidade, Miki Breier (PSB). Doze parlamentares votaram a favor do projeto, que pode culminar na cassação do mandato do político, enquanto um se posicionou de forma contrária. Também houve uma ausência na sessão realizada no plenário da Câmara Municipal.
O pedido foi protocolado na última sexta-feira, e denuncia Miki por uma suposta infração político-administrativa. A peça, construída pelo advogado Adriano da Luz a pedido do vereador Luiz Carlos Azevedo da Rosa, o Mano do Parque (PSL), relembra a operação deflagrada pelo Ministério Público contra o prefeito. Ele é investigado pelo direcionamento da licitação que escolheu a prestadora dos serviços de coleta de lixo.
Segundo o MP, diversos agentes públicos de Cachoeirinha podem estar envolvidos no esquema – que seria decorrente dos crimes de corrupção, responsabilidade, desvio de verbas públicas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Miki breier está afastado da prefeitura desde 30 de setembro, quando foi alvo de uma nova investida do MP. Ele nega todas as acusações.
Desde 2020, o prefeito afastado já havia enfrentado outros três pedidos de abertura de impeachment e todos foram negados. No entanto, com o aval da Câmara, o processo vai se desenrolar pelos próximos 90 dias. A equipe da Rádio Guaíba contatou a assessoria de imprensa do PSB, partido do prefeito de Cachoeirinha, em busca de um posicionamento sobre a possibilidade de cassação. Até o momento, nenhuma resposta foi enviada.