Após áudio vazado, Paulo Paixão pede demissão do Inter

Clube divulgou nota oficial na noite desta segunda-feira

Foto: Reprodução

Paulo Paixão pediu demissão e não é mais o chefe da preparação física do Inter. A informação revelada pelo colunista do Correio do Povo, Hiltor Mombach, foi confirmada oficialmente pelo clube colorado em nota oficial na noite desta segunda-feira.

“O Sport Club Internacional comunica que o Coordenador de Preparação Física Paulo Paixão pediu demissão do cargo. O profissional procurou o diretor-executivo Paulo Bracks e alegou não ter mais ambiente para seguir no Clube”, menciona um trecho do comunicado.

“Paixão lamenta o episódio da divulgação de um áudio privado e pede desculpas ao grupo de jogadores e ao Internacional. O Clube agradece pelos serviços prestados e deseja sorte na sequência de sua carreira”, finaliza.

A decisão acontece após um áudio privado do profissional vazar. Nele, o preparador físico direciona críticas ao grupo de jogadores. Conforme Mombach, a situação prejudicou o clima no vestiário e Paixão entregou o cargo ao presidente Alessandro Barcellos.

Na manifestação vazada, o profissional compara as opções de banco do técnico Diego Aguirre e de Renato Portaluppi, no Flamengo. “Muitos meninos no banco”, lamentou. Além disso, sugere trocas para mudar o ambiente dentro do clube. Paixão defende que o Inter negocie jogadores como Patrick, Dourado e Cuesta em forma de “permuta”. A crítica mais dura é direcionada ao meia Boschillia, classificado como “enganador”.

Multicampeão no futebol, Paixão chegou ao Inter junto da comissão técnica de Diego Aguirre no meio desta temporada.

Boschilla se manifesta

Citado como “enganador” no áudio vazado de Paixão, o meia Gabriel Boschilia se manifestou em redes sociais, na noite desta segunda-feira.

“Primeiramente quero dizer que discordo do teor do áudio. Nunca “enganei” ninguém na minha carreira, por onde passei”, afirmou o atleta em trecho da mensagem.

O jogador também recordou o momento difícil que viveu no clube no começo da temporada, em que passou por período de recuperação de uma lesão complicada no joelho. Foram mais de seis meses afastado dos gramados. “Nunca deixei de trabalhar e respeitar a gigante camisa que visto. Todos no clube sabem o profissional que eu sou e o quanto eu trabalho para estar no meu melhor”, disse.

O meia reconhece que ainda não viveu um grande momento com a camiseta do Inter, mas prometeu dedicação.

“Infelizmente, nesta temporada ainda não consegui ajudar da forma que eu gostaria. Mas estou sempre me dedicando ao máximo para jogar e atingir meu melhor nível sempre que eu entro em campo”, finalizou.