As aulas regulares estão chegando ao final e as escolas particulares já começam a projetar o ano e 2022, o que inclui o reajuste das mensalidades. E, diferentemente do ano passado, a tendência agora é que o reajuste acompanhe a variação acumulada da inflação nos últimos 12 meses.
Um levantamento realizado pela consultoria Meira Fernandes, especializada em gestão de instituições de ensino, mostra que 90,9% das escolas particulares pretendem aumentar o valor da mensalidade em 2022 e que, na maioria dos colégios, o reajuste será de pelo menos 7%, abaixo da variação do IPCA do período.
A pesquisa foi realizada em novembro em 5 estados com administradores de escolas que reúnem 25 mil crianças e adolescentes matriculados. Entre as instituições que irão subir os preços, a maior fatia (53%) fará um reajuste entre 7% e 10%. Uma parcela de 7,6% informou que aplicará um percentual entre 10% e 11%, enquanto 9,1% irão aumentar as mensalidades em 12% ou mais.
O levantamento da Meira Fernandes aponta que 34,8% das escolas têm a expectativa de recuperar acima de 50% das matrículas perdidas desde a pandemia. A pesquisa mostra ainda que, em 63,7% dos colégios, o percentual de rematrículas ainda não superou o patamar de 70% do total de alunos.
A Lei nº 9.870 estabelece que o novo valor deve estar de acordo com as despesas da escola e só poderá ser realizado uma vez a cada 12 meses.