Dólar volta a superar R$ 5,60 influenciado por mercado externo

Bolsa teve a primeira alta após quatro quedas seguidas na semana

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Influenciado pelo mercado externo, o dólar subiu pelo quinto dia seguido e voltou a ficar acima de R$ 5,60. A bolsa de valores teve a primeira alta após quatro sessões consecutivas de perda, mas fechou a semana com baixa superior a 3%.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira vendido a R$ 5,609, com alta de R$ 0,039 (+0,7%). A cotação chegou a cair durante a manhã, atingindo R$ 5,52 por volta das 11h30min, mas inverteu o movimento após declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) de que os estímulos monetários concedidos durante a pandemia de Covid-19 podem ser retirados mais rápido que o previsto.

A expectativa de alta de juros nos Estados Unidos estimula a retirada de capitais de países emergentes, como o Brasil. Com o desempenho de hoje, o dólar fechou a semana com alta de 2,8%. Em novembro, a queda acumulada é de 0,56%. Em 2021, porém, a moeda norte-americana já subiu 8,1%.

Bolsa

No mercado de ações, o dia foi marcado pela recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 103.035 pontos, com ganho de 0,59%. A alta foi puxada por ações de mineradoras, influenciada pela subida do preço internacional do minério de ferro, e por empresas de telefonia, beneficiadas por uma decisão do Supremo Tribunal Federal de reduzir o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre serviços de telecomunicações em Santa Catarina.

A expectativa de que o Senado fatie a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios trouxe alívio para o mercado. Para investidores, a aprovação de um texto mais enxuto ajuda a reduzir as incertezas fiscais para o ano que vem. Mesmo com a PEC aumentando os gastos públicos em 2022, os analistas econômicos entendem que essa saída é menos custosa do que um eventual decreto de calamidade pública para bancar o Auxílio Brasil de R$ 400.