Coquetel da AstraZeneca reduz em 83% risco de Covid após seis meses

Anticorpos produzidos em laboratórios se mostraram eficazes, principalmente, em pacientes imunocomprometidos

Foto: Reprodução / Pixabay / CP

A AstraZeneca anunciou nesta quinta-feira (18) que o coquetel de anticorpos monoclonais criado pela farmacêutica contra a Covid-19 oferece proteção por seis meses, reduzindo em 83% os riscos de doença sintomática.

A empresa anglo-sueca também confirmou que um estudo separado em pacientes com Covid-19 de leve a moderado mostrou que uma dose mais alta do medicamento reduziu o risco de agravamento dos sintomas em 88%, quando usada até três dias após os primeiros sintomas. O tratamento é feito de uma só vez, com a aplicação de duas injeções sequenciais no  no braço.

A empresa informa que o medicamento não é uma substituição à vacina e sim é indicado para pessoas que não respondem bem aos iminizantes. Cerca de 2% da população global é considerada em risco aumentado de uma resposta inadequada a uma vacina contra Covid-19. Isso inclui pessoas com câncer no sangue ou outros tipos da doença em tratamento com quimioterapia, pacientes em diálise, os transplantados ou que tomam medicamentos imunossupressores para doenças como esclerose múltipla e artrite reumatóide.

Hugh Montgomery, professor da University College London, Reino Unido e investigador principal do medicamento, comemorou o resultado e lembrou que os ensaios clínicos foram feito no período que a variante Delta se espalhou na Europa.

“Esses resultados dão confiança de que esta combinação de anticorpos de ação prolongada pode fornecer aos pacientes vulneráveis ​​a proteção duradoura que eles precisam para, finalmente, retornar à vida cotidiana. É importante ressaltar que seis meses de proteção foram mantidos, apesar do aumento da variante Delta entre esses participantes de alto risco que podem não responder adequadamente à vacinação”, afirmou o pesquisador.

Além dos imunocomprometidos, em algum momento um grupo mais amplo pode se beneficiar do medicamento, como militares em serviço ou passageiros de navios de cruzeiro.