O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o Brasil tem quantidade de vacina contra Covid-19 que permite atender aos pacientes que ainda precisam tomar a segunda dose e oferecer a aplicação de terceira dose àqueles que tomaram a D2 há mais de cinco meses. A declaração foi dada nesta quarta-feira (17), um dia depois que o ministério ampliou a aplicação da dose de reforço contra a Covid-19 para maiores de 18 anos.
“Nós temos doses, o que não era a realidade no começo da campanha. E aí nós queremos avançar ainda mais na segunda dose e seguir com uma dose de reforço, sobretudo naqueles indivíduos mais idosos, esses estão mais vulneráveis e que foram vacinados no início da campanha”, disse Queiroga. Apenas pessoas com mais 60 anos, imunossuprimidos e os profissionais da saúde estavam aptos a receber a dose de reforço, totalizando um público de 21 milhões. Agora, o ministério planeja vacinar um total de 158 milhões de pessoas com a aplicação extra.
Segundo o ministro, um estudo encomendado pelo governo junto à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostrou que é necessário aplicar uma dose de reforço para garantir a imunização. O levantamento também levou a pasta a reduzir o intervalo entre a segunda e terceira doses de seis para cinco meses. “As vacinas, todas elas, ao longo do tempo perdem a efetividade. Isso nós tomamos conhecimento em função das pesquisas. O Ministério da Saúde tem encomendado pesquisas, uma com a Universidade de Oxford, os dados completos ainda serão divulgados, e a pesquisa da Fiocruz, onde a gente verifica a efetividade dessas vacinas, de todas as usadas na PNI”, disse.
Das pessoas aptas a tomar o reforço, 12,7 milhões já foram aos postos, o que significa 56% do público anteriormente incluído. O Ministério da Saúde espera vacinar com a dose de reforço 12,5 milhões de pessoas ainda em novembro e outros 2,9 milhões em dezembro.
Queiroga também afirmou que o governo terá uma atenção especial com a região Norte do país para reduzir o impacto da Covid-19 em caso de uma nova onda. “É uma região onde houve impacto muito forte na primeira e na segunda onda, e as coberturas vacinais são menores, dadas as características geográficas e demográficas dessa região. Então vamos fazer todo o esforço para, através das políticas públicas, conseguir conter uma eventual terceira onda dessa doença, como acontece em alguns países da Europa.”