Brasil e Argentina seguem sem perder nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar em 2022. Já classificada e sem Neymar, a Seleção Brasileira ficou no 0 a 0 com os hermanos em jogo pegado no acanhado estádio de San Juan. Os comandados de Tite seguem com folga na liderança, com 35 pontos, seguidos pelos argentinos com 29, que ainda não estão matematicamente classificados para o Mundial.
Com Messi apagado e sem o craque brasileiro em campo, o jogo foi de muita fibra, entrega e chances de lado a lado. Apesar do apoio dos torcedores e o clima adverso, a Canarinho soube controlar a partida, trocar passes e até levar mais perigo que os donos da casa. No final, uma natural pressão dos mandantes, que não resultou em nada efetivo.
Agora, as Eliminatórias retornam somente no começo do ano que vem. O Brasil enfrentará Equador e Paraguai em janeiro. A Argentina desafia o Chile e a Colômbia.
Clássico pegado (até demais)
Como não poderia ser diferente, Brasil e Argentina foi um jogo de muita fibra de ambas as seleções. Jogando em casa, os hermanos avançaram sua marcação e criou suas chances em abafa. Messi foi travado por Marquinhos logo no primeiro ataque. Na sequência, o lateral Molina levantou na área e Fabinho afastou para longe.
O Brasil teve suas oportunidades nos contragolpes. Por detalhe, não aproveitou. Aos 12, o substituto de Neymar, Vinicius Junior recebeu de Fred contra a defesa argentina. Só que ele se atrapalhou com a bola e ela saiu pela linha de fundo. Depois, a melhor chance. O meia Lucas Paquetá achou lindo passe para Vini Jr, que tentou encobrir o goleiro e mandou para fora. Muito vigiado, Messi foi desarmado por Fabinho antes de finalizar.
Os donos da casa tiveram mais a bola, entretanto insistiam em bolas pelo alto, que invariavelmente foram cortadas pelo goleiro Alisson. Quando chegaram por baixo, a marcação travou. Di María deu passe para Lautaro Martínez, que chutou desviado para fora. No lance mais pôlemico da primeira etapa, o ponta Raphinha limpou a marcação, fez fila, mas foi desarmado. Na jogada, ele recebeu um cotovelaço do zagueiro Otamendi e ficou sangrando muito. O árbitro Andrés Cunha não foi ao VAR e mandou o jogo seguir. O episódio exaltou os ânimos, as jogadas ficaram truncadas e o placar seguiu fechado para o vestiário.
Jogo anima
O segundo tempo foi bem mais aberto que a primeira metade. Tanto Brasil, quanto Argentina procuraram mais o ataque. Aos 15 minutos, o volante Fred soltou a bomba de fora da área e acertou a trave do goleiro Emiliano Martínez. Vini Jr mais solto, passou a incomodar a defesa argentina. Aos 19, deu linda carretilha para cima do defensor e cruzou. A zaga conseguiu travar o chute de Cunha.
Os argentinos chegavam em bolas longas, mas ficaram encurralados apesar do apoio dos torcedores. Por detalhe, a Seleção Brasileira não abriu o placar. Danilo deu passe perfeito e Paquetá ajeitou para Vini Jr. Ele limpou, mas chutou nas mãos do arqueiro hermano. A resposta chegou com o apagado Lionel Messi, que aproveitou sobra e soltou a bomba para firme defesa de Alisson.
No final, o Brasil conseguiu se defender com competência. Messi apareceu somente aos 44 minutos. Ele fintou bem a marcação, mas o arqueiro brasileiro segurou bem a finalização. Aí foram muitas bolas na área, gritos de insatisfação da torcida e nada de chance clara para os hermanos. Fim de papo e ambas seleções invictas nas Eliminatórias.