Cerca de 200 países reunidos na COP26 (Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas) adotaram neste sábado o “Pacto de Glasgow” para acelerar o combate às mudanças climáticas e traçar as bases de um futuro financiamento, mas sem garantir o objetivo de limitar o aquecimento global a +1,5° C.
A aprovação final do texto, após duas semanas de difíceis negociações, foi selada com um golpe de martelo do britânico Alok Sharma, que presidiu as negociações.
A aprovação do pacto se deu alguns meses depois que um relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), da ONU, apontou a aceleração do aquecimento global e concluiu que o fenômeno é causado principalmente pela ação humana.
O órgão estima que por volta de 2030 a temperatura média do planeta seja 1,5 ºC ou 1,6 ºC maior, o que vai aumentar a ocorrência de eventos climáticos extremos. O evento foi iniciado entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia. A COP é organizada pela ONU anualmente desde 1995, com exceção de 2001 e 2019, quando teve duas edições, e em 2020, ano no qual a pandemia da Covid-19 impediu que a Escócia sediasse a conferência.
Para esta edição, a ONU tinha quatro grandes objetivos para serem colocados na discussão entre as delegações mundiais presentes no evento. O primeiro objetivo das Nações Unidas é que os países se comprometam a reduzir drasticamente a emissão de gases nocivos à Terra até 2030.
A ONU também busca propor que as nações se adaptem para proteger comunidades e habitats, criando uma grande união entre os países para que trabalhem em conjunto. Para atingir esses objetivos, a ONU estima que os países devem mobilizar ao menos 100 bilhões de dólares anualmente até 2030 para a luta contra as consequências do efeito estufa.
O evento deste ano também serviu reunir os líderes mundiais presentes no Acordo de Paris e no Protocolo de Kyoto para debaterem estes tratados, ambos em prol da redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa. Uma das novidades da COP26, inclusive, foi o retorno dos Estados Unidos como participante no Acordo de Paris, sob liderança do presidente Joe Biden.