Vigilância Ambiental captura escorpiões amarelos no Centro Histórico de Porto Alegre

Bairro é o que tem mais registros de avistamentos do animal peçonhento

Ação na praça Dom Feliciano usou luzes especiais | Foto: Fabiano do Amaral/CP

A equipe da Unidade Vigilância Ambiental (Uva) da Secretaria Municipal de Saúde realizou, na noite desta quarta-feira, ação de vistoria e captura de escorpiões amarelos no Centro Histórico de Porto Alegre. O trabalho teve início às 20h e terminou às 23h, na Praça Dom Feliciano. A busca pelos escorpiões teve a participação de agentes de combate a endemias, técnicos e fiscais, além do apoio da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e do Dmae.

Durante a vistoria noturna, os agentes utilizaram lanternas de luz ultravioleta para encontrar os escorpiões, que geralmente se escondem em bueiros. Com o auxílio de servidores do Dmae, que abriam as tampas no entorno da Praça Dom Feliciano, os profissionais da SMS procuravam visualizar focos do animal na região.

Com paciência e concentração, os agentes iluminavam e reviravam os bueiros até encontrar o animal. Quando capturado vivo, o escorpião amarelo era colocado num recipiente para posteriormente ser encaminhado ao Centro de Informações Toxicológicas do RS (CIT).

“O escorpião amarelo (Tityus serrulatus) tem hábitos noturnos e por essa razão verificamos as redes de esgoto. Estão sendo muito recorrentes as denúncias de visualização do animal. Ele é muito adaptado e possui peçonha muito venenosa. A picada é dolorosa e neurotóxica. Em casos graves e sem atendimento pode levar a óbito”, explicou o gerente da Unidade Vigilância Ambiental, Alex Lamas, lembrando que o Centro Histórico é o local da cidade onde há mais registro de visualização do escorpião amarelo.

Ainda com o gerente da Unidade de Vigilância Ambiental, Alex Lamas, em 2021 foram notificadas à Uva 104 visualizações e três ocorrências de picada na Capital. “A maior incidência de registros foi no Centro Histórico, seguido do bairro Anchieta. Do total de visualizações do Centro, 48 foram registradas nas imediações da Praça Dom Feliciano”, informou Alex Lamas, lembrando que o Hospital de Pronto Socorro (HPS) é referência para atendimento de picadas.