Defesa de cirurgião preso em Porto Alegre encaminha pedido de soltura à Justiça

Advogado Carlos Rafael Alvim assegurou que "novos elementos e provas trazidas comprovam a inocência do acusado"

Três mandados judiciais foram cumpridos nos bairros Três Figueiras e Chácara das Pedras. Foto: PC/Divulgação

O advogado Carlos Rafael Alvim manifestou expectativa de soltura do cirurgião plástico, de 68 anos, que foi preso no começo da tarde desta terça-feira pela Polícia Civil em Porto Alegre. A detenção do médico foi realizada pelos agentes da 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (1ª Deam) durante o cumprimento de um mandado judicial de prisão preventiva e de dois mandados de busca e apreensão, nos bairros Três Figueiras e Chácara das Pedras.

“Com novos elementos e provas trazidas nesta madrugada, que comprovam a inocência do acusado, espera-se a soltura ainda na data de hoje”, afirmou o defensor em entrevista à reportagem do Correio do Povo, na manhã desta quarta-feira. Ele lembrou que o pedido já foi encaminhado à Justiça. “São provas e elementos novos que contradizem as acusações e levantará a dúvida”, frisou.

A investigação da 1ª Deam apura denúncias de crimes sexuais supostamente praticados pelo cirurgião plástico que atua na Capital e na Região Metropolitana. Conforme os policiais civis, nove mulheres já registraram queixa contra o médico.

Durante a ação, equipamentos eletrônicos, armas, documentos, medicamentos, lubrificantes íntimos, preservativos e outros objetos, foram apreendidos. Os agentes da 1ª Deam informaram que um consultório médico encontrado em um dos locais era utilizado clandestinamente para a realização de procedimentos cirúrgicos, sem equipamentos adequados ou autorização legal e completamente fora dos padrões de higiene e saúde.

Uma nota oficial foi divulgada pelo advogado Carlos Rafael Alvim. “É nítida a necessidade de autopromoção por aqueles que deveriam garantir a segurança jurídico policial, uma vez que, afoitamente, em razão do despreparo da autoridade policial, profanou-se falsas informações e motivações não comprovadas o que evidencia a imprecisão da investigação policial”, manifestou-se.