Servidores estaduais vinculados às áreas da Educação, Segurança, Justiça e Administração protestam, nesta terça-feira (9), em frente ao Palácio Piratini, no Centro de Porto Alegre. A mobilização, que começou por volta das 9h30min, reúne centenas de trabalhadores descontentes com as políticas financeiras e sociais da gestão de Eduardo Leite (PSDB).
A principal queixa é quanto à proposta de salário mínimo regional, que tramita na Assembleia. O Executivo propõe um aumento de 2,73%, enquanto os funcionários públicos pedem 10,3%. O valor, usado como base para todas as categorias não-sindicalizadas, está congelado há dois anos e precisa ser aprovado até fevereiro.
O secretário de Administração e Finanças da CUT-RS, Antônio Güntzel, defende que o índice solicitado pelos trabalhadores seja debatido por meio de emenda parlamentar. O relator do tema no Legislativo é o deputado Luiz Fernando Mainardi (PT). “O relatório dele está em sintonia com a reivindicação”, diz.
Já os educadores querem uma reposição de 47,82%, a manutenção dos protocolos de segurança nas escolas e o fim dos descontos nos contracheques. Eles compõem a maior parte dos presentes no ato e, antes de se posicionarem em frente ao Piratini, fizeram uma passeata que partiu do Instituto de Educação Flores da Cunha.
“Faremos uma forte pressão para que o governo reserve recursos para pagar nosso reajuste. Também vamos deixar claro que não aceitaremos mais descontos em nossos contracheques. O governo ameaça novamente meter a mão em nossos salários, que já estão esvaziados”, afirma a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
A expectativa dos servidores é de que a mobilização contribua para o agendamento de uma reunião entre as lideranças sindicais e representantes do Governo2. O ato será reforçado por caravanas do interior, que chegarão até a tarde. Parte dos trabalhadores seguirá na Praça da Matriz, enquanto outros visitarão gabinetes de deputados estaduais.