A Polícia Civil encontrou, nesta segunda-feira (8), um cabo enrolado em uma das hélices do avião que caiu com a cantora Marília Mendonça e sua equipe, em Piedade de Caratinga, a 300 quilômetros de Belo Horizonte.
A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) já havia confirmado que a aeronave bateu em uma rede de alta-tensão da empresa. A companhia alega que a torre é localizada fora da área de proteção do aeródromo onde deveria ter ocorrido o pouso.
Agora, a investigação tenta esclarecer a que altura estava o bimotor no momento do choque com a torre. Essa resposta pode revelar se a aeronave caiu por falha mecânica ou descuido do piloto.
Um dos motores foi encontrado perto da torre de eletricidade. O outro, a cerca de 400 metros do local da queda. Como o modelo King Air C90A não tem caixa-preta, a expectativa é que os dados do GPS da aeronave ajudem nos trabalhos.
Polícia Civil e Aeronáutica vão trocar informações e provas para esclarecer o que ocorreu. A versão mais provável, segundo a investigação, é que o avião bateu no fio de alta-tensão quando se preparava para o pouso. Nesse momento, teria perdido um dos motores e girado algumas vezes no ar até cair de barriga para baixo perto da cachoeira.
Os destroços da aeronave vão ser levados para o Rio de Janeiro, nesta terça-feira (10). Já o material que restou dos motores será encaminhado para Sorocaba, no interior de São Paulo.