Polícia confirma terceiro caso de abuso sexual contra crianças em residencial de Canoas

Acusado teve a prisão preventiva decretada pelo poder judiciário e está preso

Foto: Rádio Guaíba

A Polícia Civil confirmou, na manhã desta segunda-feira, o terceiro caso de abuso sexual contra crianças praticado por um homem em residencial no bairro Harmonia, em Canoas. Nesse domingo, o suspeito se apresentou à delegacia acompanhado da sua defesa. Com a prisão preventiva decretada pelo poder judiciário, o homem foi preso.

De acordo com o delegado Pablo Rocha, responsável pela investigação, o homem deverá ser ouvido formalmente ainda nesta semana e responderá por estupro de vulnerável. “A investigação prossegue. O inquérito busca entregar ao poder judiciário o fato e todas as suas circunstâncias. O fato já temos e bastante provado, as circunstâncias ainda não. Portanto é isso que buscamos”, afirma o delegado.

No final de outubro, duas meninas relataram ter sofrido abuso sexual de um vizinho em um condomínio. As crianças teriam sido abusadas dentro da casa do suspeito. Uma terceira vítima também foi ouvida com relatos convergentes aos casos.

Um empresário, pai de uma das vítimas, relata que tomou conhecimento em setembro pela psicopedagoga da escola. O pai contou que era vizinho de porta e tinha uma relação de amizade de dez anos com a família do suposto abusador. As famílias já tinham viajado juntas para a Serra Gaúcha e Santa Catarina e eram bastante próximas.

Ainda de acordo com a investigação, equipamentos eletrônicos foram apreendidos na residência do suspeito. Os mesmos foram encaminhados para o Instituto Geral de Perícias (IGP) para análise. O cartão de memória de uma câmera fotográfica foi recolhido e acabou sumindo no curso do mandado de busca e apreensão. O fato também é apurado pela polícia e constará no inquérito policial.

Conforme o delegado, a esposa do suspeito não é investigada até o momento. Familiares de uma das vítimas, que estiveram presentes na coletiva de imprensa, disseram não concordar com essa versão. “Nós não concordamos que ela não está sendo investigada. Se ela não está, deveria. No momento do mandado de busca e apreensão, o filho estava presente. Nós queremos providências sobre esse fato também. Porque essa criança pode ser vítima ou testemunha”, afirma.

Contraponto

Ainda na semana passada, o advogado Samuel Aguiar, que representa o acusado, alegou a inocência de seu cliente e assegurou que o mesmo está colaborando com as investigações da Polícia Civil. Ele ressaltou que todos os dispositivos eletrônicos foram entregues para avaliação pericial. O advogado de defesa irá promover uma coletiva de imprensa, na noite desta segunda-feira, para prestar maiores esclarecimentos sobre o caso.