Os servidores do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS) e do Postão do IAPI voltaram a protestar na tarde desta sexta-feira. O grupo ainda denuncia o desmonte dos serviços públicos e a falta de profissionais para o atendimento à população nas duas unidades. A categoria, que também está há cinco anos sem o reajuste referente a inflação nos salários, reivindica que o prefeito Sebastião Melo avance nas negociações para recomposição da remuneração dos servidores.
O diretor geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), João Ezequiel, afirma que há meses os profissionais das unidades estão sobrecarregados e não há condições adequadas de trabalho para o enfermeiros e técnicos de enfermagem concursados que prestam serviço ao município. “As condições de trabalho são péssimas. Nós temos fotos com pacientes que estão sendo atendidos no chão dessas unidades ou nos corredores”, relatou.
Procurada pela equipe de reportagem da Rádio Guaíba, a Prefeitura de Porto Alegre se manifestou através de nota emitida pela Secretária Municipal de Saúde. A SMS afirmou que trabalha para, junto à Procuradoria Geral do Município (PGM), “flexibilizar as restrições de funcionamento dos CAPS, reduzindo assim a superlotação dos PAs de Saúde Mental”.
O Simpa ainda afirma que há uma falta expressiva de profissionais da saúde nas unidades de saúde do município, onde “os profissionais acabam trabalhando de 24 horas ou mais, pois não há para quem passar o plantão”. Em um cálculo rápido, o sindicato acredita que são mais de 400 vagas disponíveis para ocupação de profissionais e que existem técnicos de enfermagem já aprovados em concurso, mas que nunca foram chamados para exercer a função.
Quanto à falta de funcionários, a SMS informa que já foi iniciado o processo de contratação emergencial de técnicos de enfermagem, tendo em vista que não há concurso vigente para o chamamento destes profissionais. “Há, também, edital de processo seletivo em andamento no município para Técnico de enfermagem e Médico”, é o que ressalta o documento. A pasta ainda garante que não há nenhuma previsão de terceirização do serviço no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul. O projeto que analisava esta possibilidade foi arquivado pela secretaria.