O leilão da rede 5G continua nesta sexta-feira (5). A licitação, que é a maior da história das telecomunicações no país, começou ontem, com a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, de ministros e autoridades. A primeira sessão durou quase dez horas e gerou um rendimento de R$ 6,8 bilhões em outorgas.
Hoje, a partir das 9h, o leilão continua com a venda da licitação dos lotes G. Dez lotes são considerados os principais no leilão, nomeados de A a J. O bloco G é referente aos compromissos de conectividade das escolas públicas de educação básica.
As empresas que vencerem o certame desse lote devem oferecer internet com qualidade e velocidade necessárias para o uso pedagógico das TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação) nas atividades educacionais regulamentadas pela Política de Inovação Educação Conectada.
Ao todo, o edital deve gerar R$ 49,7 bilhões, sendo que R$ 39,1 bilhões são referentes aos investimentos das empresas no cumprimento das obrigações previstas. O governo federal ainda estimava fechar leilão com R$ 10,6 bilhões de outorga, ou seja, de pagamento ao governo pelo direito de atuar no segmento, e com uma soma de investimentos de R$ 169 bilhões nos próximos 20 anos.
O leilão tem participação de 15 empresas. Entre os principais destaques do primeiro dia, está o arremate das empresas Claro, Vivo (Telefônica Brasil) e Tim aos lotes nacionais da faixa de 3,5 GHz, a chamada “faixa de ouro do 5G”.
Outro destaque do leilão foi a venda do Lote C4, da faixa de 3,5 GHz, válida no Nordeste. A empresa cearense Brisanet pagou R$ 1,5 bi pelo bloco, que tinha um lance inicial de R$ 9 milhões. Com isso, o ágio, que é a diferença entre o mínimo fixado e o lance vencedor, foi de 13.741,71%, o maior do dia.
A tecnologia 5G permite o tráfego de dados até 100 vezes mais rápido que o padrão de quarta geração (4G), utilizando um espectro de rádio mais abrangente, o que permite que mais aparelhos móveis se conectem simultaneamente, com mais estabilidade do que nas redes atuais.