Em função da transição energética, a metade dos combustíveis fósseis do mundo poderá ser desnecessária e produzir muito pouco lucro dentro de 15 anos, em 2036. Estudo publicado na revista Nature mostra que os países que começarem mais cedo a desativar o uso desses combustíveis poderão conseguir reduzir algumas das perdas.
Ou seja, a prevalência de energias mais limpas no mercado deverá ser benéfica para a economia de alguns países e irá compensar as perdas para a economia global. Entretanto, o estudo indica que a transição pode trazer grande instabilidade e até provocar uma crise financeira como a de 2008.
O trabalho prevê que as perdas sejam mais evidentes em locais remotos ou onde a exploração e extração das matérias é mais difícil e desafiadora. A pesquisa cita o exemplo da extração de areias e xistos betuminosos ou explorações petrolíferas no Mar Ártico ou em águas profundas. A Noruega, o Canadá, os Estados Unidos, a Rússia ou o Brasil são considerados alguns dos principais perdedores, a menos que se diversifiquem rapidamente diante da dependência de combustíveis fósseis.