O Real encerrou o terceiro trimestre com desvalorização de aproximadamente 31% em relação aos seus fundamentos. Os dados fazem parte do estudo do Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo da FGV (FGV/EESP), que aponta que a elevada incerteza fiscal e política deve continuar prejudicando o desempenho da moeda até o final de 2022.
A leitura, referente à desvalorização real efetiva média da divisa brasileira, foi atualizada com dados disponíveis até setembro de 2021, fornecidos com defasagem de até dois meses pelas fontes primárias.
O estudo apontou duas possibilidades primordiais para que haja uma reversão da taxa de câmbio real aos seus fundamentos de longo prazo. A primeira seria uma revalorização das cotações nominais da moeda brasileira frente a seus parceiros comerciais, enquanto a outra seria uma aceleração da inflação comparativamente aos mesmos pares, uma vez que isso forçaria o Banco Central a aprofundar seu ciclo de aperto monetário. Um maior diferencial de juros entre o Brasil e outras economias tende a favorecer a moeda brasileira.