Dois partidos da oposição, entre eles o PT, a segunda maior bancada da casa, fecharam questão nesta quarta-feira contra a PEC dos Precatórios. A proposta, se aprovada, abrirá espaço fiscal para o novo programa de transferência de renda, o Auxílio Brasil.
O posicionamento do PT e do PSOL, que com o fechamento de questão abrem a possibilidade de punir deputados cujo voto divirja da orientação, pode ser seguido por outros partidos e sinaliza as dificuldades enfrentadas pelos articuladores do governo com a matéria. O objetivo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), era iniciar a votação nesta quarta, após tentativas frustradas da semana passada.
Apesar do otimismo dos articuladores, a luta de Lira nesta tarde ainda era convencer deputados a virem a Brasília, e um ato da mesa autorizou deputados em missões oficiais a votarem de forma remota. Cerca de 12 deputados estão com presença confirmada na COP26, em Glasgow, e poderão, portanto, votar de forma remota.
No início da tarde, o líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), disse ao R7 que o governo tinha votos para aprovar o texto mesmo sem o MDB e o PSDB, partidos que tendem a votar contra a PEC, ressaltando que o Palácio tem apoio integral de diversas outras bancadas.