Os impactos econômicos das mortes na pandemia no Brasil vão durar até 2050. Pelo menos essa é a estimativa de pesquisadores da Rede Clima, que integraram dados epidemiológicos a um modelo econômico e identificaram esse cenário daqui a 29 anos.
Quando o modelo foi rodado, o Brasil tinha cerca de 400 mil mortes, número que hoje ultrapassa os 607 mil. Os dados utilizados tiveram como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). A análise envolveu ainda parâmetros médios de expectativa de vida, por região e grupos etários.
Em 2050, segundo as projeções da pesquisa, os impactos mais expressivos sobre o Produto Interno Bruto (PIB) no longo prazo poderão ser percebidos no Amazonas (-1,38%) e no Acre (-1,35%). Em seguida estão Rondônia (-1,2%) e Roraima (-1,1%). Por outro lado, alguns estados conseguirão se recuperar mais rapidamente no longo prazo: Pará (0,34%), Tocantins (0,28%), Piauí (0,14%), Maranhão (0,12%), Minas Gerais (0,09%) e Espírito Santo (0,03%).