A Prefeitura de Porto Alegre não cogita flexibilizar o uso de máscaras para as pessoas em locais públicos. Conforme a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), “não há previsão para a utilização deixar de ser necessária, pois é um acessório indispensável para a proteção da saúde.” A Capital soma até agora mais de 170 mil casos confirmados de contaminação pela Covid-19, em dados atualizados do Painel Coronavírus RS. Foram mais de 5,6 mil óbitos na cidade.
Em São Paulo, a gestão municipal chegou a anunciar o relaxamento a partir da segunda quinzena de outubro no uso de máscaras de proteção em locais públicos. Por causa da repercussão negativa, a prefeitura paulista recuou e decidiu por manter a obrigatoriedade na utilização da máscara nesses locais.
“Máscaras são consideradas equipamentos essenciais no controle da pandemia e, juntamente com a estratégia vacinal, compõem os pilares necessários para o controle de novas infecções pelo Sars-CoV-2”, observa o médico infectologista do Hospital Nossa Senhora da Conceição, André Luiz Machado.
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou uma nota oficial, no dia 8, na qual defendia a manutenção da obrigatoriedade do uso de máscaras no Brasil.
Trecho da manifestação dizia: “A vacinação da população, a testagem e o consequente monitoramento dos casos detectados e de seus contatos, somam-se ao uso de máscaras, à lavagem frequente das mãos e a utilização de álcool em gel como medidas indispensáveis para a superação da pandemia. É preciso que estejamos atentos às experiências frustrantes de alguns países que, acreditando ter superado os riscos, suspenderam a obrigatoriedade do uso de máscaras, afrouxaram as medidas de prevenção e, por isso mesmo, tiveram recrudescimento importante do número de casos e de óbitos, obrigando-os a retroceder”.
No caso de Porto Alegre, a presença das máscaras pelas ruas deverá permanecer ainda por tempo indefinido. Questionada sobre a projeção futura para o item não ser mais necessário, a SMS foi direta: “Acreditamos que apenas com o fim da pandemia será possível pensar nessa hipótese”.