A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que consumidores inscritos no programa Tarifa Social pagarão mais barato na conta de luz a partir desta segunda-feira, 01 de novembro. Para esse perfil de consumidor, que envolve 12 milhões de famílias, valerá a bandeira tarifária amarela, que equivale a R$ 1,87 a cada 100 kWh consumidos.
Para os demais consumidores vale a bandeira de escassez hídrica — taxa criada no fim de agosto e que representa um aumento de quase 50% em relação à bandeira vermelha patamar 2. Prevista para durar até o final de abril de 2022, a bandeira cobra R$ 14,20 a cada 100 kWh.
As bandeiras tarifárias são independentes da tarifa de energia, e acrescentadas ao valor da conta dependendo das condições de geração de energia no setor elétrico. A bandeira amarela indica cenário menos favorável, enquanto as vermelhas (patamar 1 e 2) apontam para condições custosas de geração de energia.
O objetivo das bandeiras tarifárias é remunerar o uso de usinas termelétricas, que têm custo mais alto. As termelétricas estão sendo utilizadas por causa da seca, que diminuiu o reservatório de hidrelétricas e prejudicou a geração de energia. O país vive a pior crise hídrica em 90 anos. Os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste, por exemplo onde está localizada a Usina de Furnas, encerraram o mês de outubro com nível abaixo dos 18%. É de Furnas que sai 70% da energia consumida no país.