O Câmera Record deste domingo (31) mostra os golpes que têm feito mais vítimas e como se proteger dos bandidos.
Todo mundo conhece uma pessoa que caiu em algum tipo de golpe, se é que não foi vítima também. Por trás das armadilhas estão quadrilhas especializadas em crime de estelionato – enganar para roubar dinheiro.
Pix e o sequestro-relâmpago
De janeiro a julho deste ano, foram registrados mais de 200 Boletins de Ocorrência de sequestros-relâmpago no estado de São Paulo, 40% a mais do que em relação aos sete primeiros meses de 2020.
Um desses casos foi o de Lucas, 31 anos, ele foi abordado por três bandidos quando estava dentro do carro mexendo no celular, distraído. Não deu tempo para nada, o trio o manteve refém no veículo durante sete horas e percorreu 25 km pela cidade. O homem viveu momentos de terror. “Um deles ficava apontando a arma no meu pé, na minha cabeça, ficava me ameaçando, que se eu esquecesse a senha ele iria me matar”, revela. No caminho, a quadrilha zerou todas as contas da vítima em três bancos, totalizando uma perda de quase R$100 mil.
Aplicativo clonado
O golpe do aplicativo clonado vem se tornando cada vez mais comum. Os bandidos invadem o telefone e acessam informações que podem causar muita dor de cabeça. Por dia, 15 mil pessoas são vítimas desse tipo de crime no Brasil.
Dona Fátima achou que conversava com a filha pelo celular, mas era um golpista. Depois de clonar o Whatsapp de Paula, herdeira da idosa, o bandido mandou uma mensagem com a foto dela para a aposentada. O criminoso – se passando por Paula – gostaria de realizar um pagamento pelo aplicativo do banco e perguntou se dona Fátima poderia ajudar com dinheiro. Foi o que ela fez: depositou R$ 3.453 na conta de um homem desconhecido. Nunca mais teve a quantia de volta. “É uma situação de impotência, mexeu muito com meu emocional”, descreve a vítima.
Central telefônica clandestina
Dona Inazeli, de 78 anos, teve um prejuízo de R$ 90 mil em menos de meia hora. A aposentada caiu no golpe da central telefônica clandestina com a ligação de uma falsa atendente de banco. Assustada, procurou a agência com a golpista na linha e a pedido, trocou todas as senhas do banco repassando para a criminosa. Ela só sentiu o golpe ao entrar em uma farmácia para comprar remédios. “Não havia mais dinheiro na minha conta. Foi aí que caiu a ficha”, relata.
Os ladrões fizeram transferência via Pix, anteciparam o 13º salário dela, quitaram dois boletos de cartão de crédito e realizaram um empréstimo que a própria vítima está pagando para os golpistas. No total, dona Inazeli sofreu uma perda de R$ 90 mil.
Falso financiamento
Parecia um investimento, mas na verdade era uma armadilha que deixou a família de Leandro sem emprego e sem casa.
Leandro ganhava R$ 4 mil por mês como motoboy, que dava para manter a esposa e os três filhos. Só que o homem sempre sonhou em ter um carro, para dar mais conforto à família. Por isso, vendeu sua moto e ao ouvir o anúncio de uma empresa de financiamento numa rádio não pensou duas vezes: a procurou para pedir crédito. Uma linha de R$ 30.900 seria desbloqueada a partir do pagamento de algumas taxas, como um seguro fiança. Toda negociação foi feita por telefone e aplicativo de mensagens. Com o dinheiro da moto, Leandro fez as transferências via Pix para três pessoas diferentes, mas depois do depósito, nada do dinheiro aparecer na conta do motoboy. Quando foi ao banco, levou um susto: “Eu puxei o extrato, estava lá o valor, porém o banco havia devolvido como cheque roubado, furtado ou não assinado”, conta.
E mais: autoridades e especialistas dão dicas de como se proteger dos golpistas.
Você não pode perder! É no Câmera Record deste domingo, logo depois de A Fazenda.