Uma pesquisa da Fundação Dom Cabral (FDC), com a empresa de transporte de valores Brink’s, identificou que 53,4% dos brasileiros preferem pagar contas e fazer compras em dinheiro. Depois das cédulas e das moedas, aparecem o cartão de crédito (20%), cartão de débito (16,5%), boleto bancário (4,6%) e, na era da tecnologia, o novato Pix tem a preferência de apenas 3,5% dos brasileiros.
Quando o recorte é na população mais jovem, 27,2% dos millennials (nascidos nos anos 1980 até meados dos anos 1990) admitem usar muito o Pix, e o percentual sobe para 43,2% da geração Z (nascidos entre a segunda metade dos anos 1990 e 2010).
Feita com 2 mil pessoas por telefone, a conclusão do estudo indica que o principal motivo pela opção pelo dinheiro é o controle, com 31,3% das respostas. O número se divide entre a possibilidade de saber o que gastam (26%) e não gastar o dinheiro que não têm (5,3%). Depois vêm a facilidade, com 22,4%, e a segurança, com 11,1%. Segundo o estudo, 38,5% da população adulta não tem conta bancária – principalmente no Nordeste (47,1%) e menos no Sul (27,7%).
Dados do Banco Central indicam que a pandemia aumentou a circulação do papel moeda. No início de 2020 eram R$ 212 bilhões em papel-moeda no mercado, aumentando para R$ 309 bilhões em dezembro, puxado pelo pagamento do auxílio emergencial, e, entre março e agosto deste ano, o volume caiu para R$ 280 bilhões.