Os Estados Unidos autorizaram, nesta sexta-feira, a vacina anticovid da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos, tornando cerca de 28 milhões de pessoas elegíveis para receber o imunizante. A autorização de emergência da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) ocorre após análise cuidadosa dos resultados dos testes clínicos conduzidos pela Pfizer em milhares de crianças. Dados divulgados pela farmacêutica norte-americana apontam que doses do imunizante contra a Covid-19 para a faixa etária são seguras e apresentaram eficácia de quase 91% na prevenção de infecções sintomáticas.
O Ministério da Saúde do Brasil estuda incluir a aplicação de vacina em crianças de cinco a 11 anos na campanha nacional de imunização de 2022. A possibilidade ganhou corpo após a Pfizer anunciar que vai enviar um pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para obter autorização para usar o imunizante da farmacêutica americana no grupo.
Sem o aval da Anvisa não é possível incluir as crianças no cronograma de vacinação, adiantou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. “É necessário que haja registro na Anvisa. Não só para a população abaixo de 12 anos, mas para qualquer público”, disse o titular da pasta ao anunciar o planejamento de vacinação para 2022, em coletiva no início do mês.
Mesmo com a ressalva, a pasta trabalha com a previsão da incorporação do público, que deve demandar cerca de 70 milhões de doses a mais. No entanto, a dosagem aplicada durante o estudo feito pela Pfizer na faixa etária anos corresponde a um terço da usada no público acima dessa faixa, o que, a priori, demandaria menos ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para vacinar o grupo.