A paralisação dos caminhoneiros autônomos, prevista para começar na próxima segunda-feira (1), está longe de ser unanimidade na categoria. Parte dos trabalhadores indica que a mobilização deve acontecer em diversos Estados, incluindo o Rio Grande do Sul, enquanto outra afirma que a maioria dos motoristas vai seguir rodando normalmente.
Em território gaúcho, duas cidades se mostram mais organizadas em prol da greve: Ijuí e Rio Grande. O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Ijuí e diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer, afirma que três reivindicações estão em pauta.
“A pauta tem quinze itens, mas dentre eles elegemos três fundamentais. O primeiro é a mudança do Preço de Paridade de Importação (PPI) no combustível, que ocasiona a elevação, e a defesa da Petrobras. O segundo é o piso mínimo do frente, e o terceiro é o retorno da aposentadoria especial para a categoria”, enumera.
Por outro lado, o presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do RS (Fecam), André Costa, defende que as demandas levantadas pelos colegas não são pertinentes a todos os profissionais da área. Ele acredita que a mobilização tenha cunho político, e que o sistema de transporte será pouco prejudicado com a iniciativa.
“Hoje, na situação econômica e política do país, as pautas são praticamente impossíveis de serem atendidas. Nós temos outras coisas muito mais importantes, mas cada um que se envolver neste tipo de situação tem que assumir as suas responsabilidades, em razão das consequências dos atos”, ressalta.
Pontos de bloqueio não foram divulgados
Na semana passada, a Petrobras reajustou o preço do diesel e elevou em 9,15% preço médio de venda do combustível. Atualmente, o Estado conta com cerca de 250 mil caminhoneiros autônomos. Ainda não houve divulgação de quais serão – e se serão realizados – pontos de bloqueio de trânsito em rodovias.