CPERS considera irresponsável decisão que autorizou retorno às aulas presenciais no Estado

Em nota, sindicato que representa os professores estaduais afirmou que o governador Eduardo Leite tomou medida de forma autoritária

Para presidente do CPERS, Helenir Schürer, afirmou que reajuste de 32% proposto pelo governo gaúcho à categoria é uma "farsa" | Foto: Luiz Damasceno / Cpers / Divulgação

O CPERS-Sindicato se posicionou de forma contrária, após o Piratini anunciar, nesta quarta-feira, o retorno das aulas presenciais no Rio Grande do Sul. Em nota, a entidade que representa os professores estaduais classificou a decisão do governador Eduardo Leite como “autoritária” e “irresponsável”.

Segundo a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, a situação de abandono impede as instituições públicas de cumprirem com os protocolos sanitários, uma vez que o governo não realizou melhorias para garantir o retorno seguro das atividades presenciais.

“A obrigação do retorno presencial mediante o sucateamento das escolas e a falta de RH, expõe estudantes, educadores, funcionários e comunidade ao iminente risco de contaminação pelo coronavírus”, garante.

O documento criticou ainda a falta de diálogo de Leite com professores e funcionários das instituições. Além disso, no entendimento do CPERS, as crianças menores de 12 anos estarão mais expostas, visto que para esta faixa etária ainda não há vacina disponível e a decisão não levou em conta a vontade dos pais e/ou responsáveis pelos alunos.

“O resultado será um grande número de alunos em um mesmo ambiente, propiciando assim maior facilidade para que ocorra a transmissão da Covid-19”, cita a nota ao afirmar que nas salas de aula não será mais necessário sequer respeitar o distanciamento entre as classes, que antes era de um metro e meio.

Entretanto, de acordo com o governo do Estado, detalhes a respeito das mudanças estabelecidas, bem como a data prevista de retorno das aulas presenciais, ainda serão expostos e oficializados.