O aumento da taxa Selic para 7,75% anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) traz consequências no bolso dos brasileiros e das empresas. Uma delas é o reajuste de taxas bancárias. Em setembro, a taxa média dos bancos foi a maior desde março de 2020. Além disso, o aumento do IOF anunciado pelo governo recentemente, também impacta o custo final dos empréstimos. Nessa linha entram também cartões de crédito, cheque especial ou operações de títulos e valores mobiliários.
Fora da área bancária, a nova Selic traz impacto no consumo da população, nos investimentos previsto por empresas, o que afeta as projeções do Produto Interno Bruto (PIB), e a geração de emprego e a renda. No âmbito da administração pública, o aumento da taxa básica da economia gera um aumento dos juros dívida pública.
Já nas aplicações financeiras em renda fixa, como a caderneta de poupança, tendem a render um pouco mais. Com o juro básico atual ao ano mais taxa referencial (TR), por exemplo, a poupança passará a render 5,43% ao ano (0,44% ao mês), contra 4,38% (0,36%) com a Selic anterior. Mas segue perdendo da inflação: IPCA acumula alta de 6,9% até setembro e, nos últimos 12 meses, de 10,25%.
Pela regra em vigor desde 2012, quando a Selic está em até 8,5% ao ano, a correção da caderneta de poupança é limitada a um percentual de 70% dos juros básicos mais a Taxa Referencial (TR, calculada pelo Banco Central e que está em zero desde 2017).
Em 2021, os saques registrados na poupança já superam o volume de depósitos em mais de R$ 23 bilhões. O total de depósitos nesse tipo de investimento chegava a R$ 1,031 trilhão em setembro.